Ensaios ignorantes realizam ações de convívio entre pessoas, livros e espaços, com leituras, digressões, cenas, filmes, músicas, num terreno entre cena e aula, aliados a uma ideia de emancipação da pessoa, presente em Joseph Jacotot (1770-1840) e Jacques Rancière (1940). O corpo que ensaia aqui lida com os ensaístas Michel de Montaigne (1533-1592) e Agnès Varda (1928), e investe em distintas intensidades teatrais, a fim de dar a pensar modos de existir, de delinear espaços, ensinar, aprender, escutar, pensar a vida como ensaio e forma, entre a solidão e o comum. Ocupa grande importância no projeto a artesania dos materiais literários e, em 2017, o núcleo escreveu e compôs o livreto jacotot, um josé, usado em cena para mover ação homônima perto do mestre ignorante. Os Ensaios ignorantes foram idealizados por Juliana Jardim em 2010, tendo como principais parceiros Luiz Pimentel, Miguel Prata e Caio Paduan, e são integrados, desde 2012, também por Tieza Tissi, todos professores, pesquisadores e artistas. Têm em sua trajetória a colaboração de outros artistas, professores, médicos, filósofos da educação, etc. O projeto atua com maior intensidade em São Paulo, tendo viajado pontualmente para outros estados do Brasil. Desde 2012 realiza experiências bilíngues tanto entre seus integrantes quanto com o público. Nesse percurso, criou o Ensaio: solidão, que oscilava entre português e espanhol, e os Ensaios ignorantes para crianças impossíveis em dupla com o francês, língua essa ignorada por muitos dos ensaístas. Em 2014, Juliana Jardim coordenou em Madri, na Espanha, o projeto Incendios: dejar hacer (leer y decir) un texto, com integrantes espanhóis. O núcleo planeja uma temporada para 2019 e dedica-se a compor um projeto de residência longa, em outro país ou fora da cidade sede, com suas ações artísticas e educacionais na relação com a comunidade.
Os Ensaios ignorantes são ações situadas entre cena e aula. Seus delineamentos nascem da conversa entre uma aventura pedagógica vivida por Joseph Jacotot, o mestre ignorante, e o gesto de ensaiar entre a vida, os livros, as pessoas, as coisas, como já dissemos em outros espaços do site. Porém, desde 2011, temos realizado ações de caráter formativo, ou seja, que envolvem algum tipo de processo de curso, oficina, curadoria, em consultorias mais específicas, por demanda de algum grupo ou instituição interessados em nossos modos de trabalho, pensamento e ação.
Além de apresentações artísticas em centros culturais, teatros, ambientes educativos e unidades do SESC-SP, seus integrantes atuaram com os Ensaios ignorantes na formação de educadores de todas as Fábricas de Cultura de São Paulo em 2013, com gestão da Poiesis e realizaram Ensaios ignorantes em todas as Fábricas na periferia das cinco macro regiões da cidade de São Paulo. Coordenaram, ainda, formação de 70 curadores do Serviço Social do Comércio, SP, quando a Gerência de Ação Cultural convidou a diretora Juliana Jardim para essa consultoria e idealização.
Projeto educacional em desenvolvimento
LIVROS E LIVRETOS
Quando não usamos livros publicados dedicamo-nos a criar materiais literários, em ações que começaram precariamente em 2013, com o libreto para o ensaio de uma opereta, que pode ser visto abaixo. A composição de materiais que são eixo para nossas experiências transformou-se consideravelmente desde então e, em 2017, montamos traduções de ensaios de Montaigne e customizamos o livro dos Ensaios que usávamos em cena. Também em 2017 criamos o livro-objeto jacotot, um josé como material de cena e leitura, em aliança com o mestre ignorante, e o livreto-roteiro para coro vocal com o ensaio Da experiência. Estamos em busca de aliados para publicar uma tradução coletiva do livro A igualdade dos homens e das mulheres, de Marie de Gournay, mulher das letras nascida em 1565, uma das primeiras feministas da história, filha por adoção afetiva de Michel de Montaigne e editora póstuma de seus Ensaios.
Libreto Ensaios para adultos de uma opereta ignorante para criança
Da experiência
Ensaios
jacotot, um josé
A igualdade dos homens e das mulheres
AUDIOVISUAIS
O lugar mais inútil
Vídeos feitos pelo público
Agenda
Agenda atualizada em nossa página do Facebook. Clique aqui.
As ações dos Ensaios ignorantes originam-se em um núcleo que faz em 2009 a Peça aos poucos: experiências de repouso sobre o texto Timon de Atenas, de William Shakespeare. Inspirados no filme Ricardo III: um ensaio (Looking for Richard), de Al Pacino, num projeto idealizado por Juliana Jardim e Deise Pacheco, realizamos 25 experiências públicas com pessoas e instituições parceiras, nas cinco macro regiões da cidade de São Paulo, premiados pelo ProAC de montagem teatral. Da Peça aos poucos, surgiram em 2010 os Ensaios ignorantes, com pessoas de áreas distintas fazendo coisas em uma casa.
Os ensaístas do núcleo atual, Juliana Jardim, Miguel Prata e Tieza Tissi, têm experiência ampla em teatro, trabalho de ator, direção cênica, pedagogia do artista, e na área educacional, realizaram ações de formação de jovens, professores, curadores, dentre outras. Entre 2012 e 2018, entraram e saíram do ajuntamento dois médicos, sendo um geriatra e um psiquiatra, um jornalista professor, uma atriz, dançarina e tradutora, um teatrólogo dramaturgo, todos como colaboradores. Tanto dentro do núcleo quanto nas parcerias, tivemos estrangeiros integrando as ações privadas e públicas. O filósofo da educação espanhol Fernando Bárcena abriu o projeto conosco em 2011 no CCSP. Em seguida, o médico e pianista francês Maxime Godard, passa a integrar o núcleo. Em março de 2012, o também filósofo da educação espanhol Jorge Larrosa atua conosco nas três ações dos Ensaios ignorantes no SESC Interlagos. O núcleo foi premiado com 2 ProACs de incentivo à leitura e de artes integradas, em 2012 e 2015. Em 2016, foi contemplado pelo Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo para 18 meses de trabalhos privados e públicos, com o projeto Ensaios ignorantes: o comum e o gesto ensaístico entre cena e público. Com esse co-patrocínio para suas ações, o núcleo desenvolveu pesquisa, criou cinco objetos artísticos (cênicos e audiovisuais), livros, livreto, traduções, encontros fílmicos, leituras coletivas, financiou ações pontuais de mais dois núcleos artísticos e realizou uma residência no espaço de educação e cultura A Casa Tombada.
O projeto tem como eixo nossa leitura de uma ideia de emancipação da pessoa, presente no livro O mestre ignorante: cinco lições sobre a emancipação intelectual, de Jacques Rancière, que fazemos dialogar com Lengua materna. Enseñanza universal, de Joseph Jacotot, o mestre ignorante. Com as ações dos Ensaios ignorantes tratamos de responder a essa ideia, pois ela nos move para inventar as composições entre espaço, livros e corpos, e nossa relação com as pessoas, tanto as do núcleo, quanto as do público, seja ele mais participante ou mais contemplativo. Jacotot propunha ignorar a diferença entre as inteligências. Rancière anda com esse tema a recusar o ato explicativo nas relações para pensar a emancipação de qualquer espectador. Estabelecemos conexões com a ação ensaística presente naquilo que lemos nos gestos de Michel de Montaigne, em seu pensamento, em sua escrita, em sua ação no mundo, manifestos nos 107 Ensaios que inventou e naquilo que podemos ler em seus autorretratos dentro dessa obra. O corpo do ensaísta brinca, desvia-se, nunca trata a fundo todos os lados de seu objeto, opera uma ideia de conhecimento que não separa o saber que vem da experiência daquele que vem dos livros e desdramatiza a presença da morte, que passa a ser potência para tentarmos viver bem. Nossas ações também se inspiram, de forma sutil, em Agnès Varda, fotógrafa, cineasta e artista visual, e temos insistentemente lidado com sua obra cinematográfica. Esses materiais misturados geram os modos de estar em cena entre nós em campo privado e com o público.
Em linhas gerais, os Ensaios ignorantes caracterizam-se por encontros de longa duração – de 2 a 5h –, nos quais ensaístas e público ficam perto de um material textual, seja ele um livro, um roteiro, um libreto. Realizamos ações cênicas, musicais e outras em torno do texto, com maior ou menor intensidade teatral, às quais nomeamos repousos, digressões e derivas.
Nos Ensaios ignorantes o público, de certa forma, vem para ensaiar junto, ainda que não seja exigida de ninguém nenhuma participação. Trata-se de uma ação coletiva de aproximação de algo em comum, a partir da tentativa do não prevalecimento do conhecimento dos ensaístas sobre o texto ou as coisas em ação.
Todos os participantes dos Ensaios podem dar a ver e a ouvir as suas vozes e posições por meio da realização de digressões e derivas. Convidamos o público a adentrar em jogos-encenação, com limites claros e precisos, dados a todos, para que cada um participe quando e como desejar. Desse modo, o texto cênico, a escritura espacial e o texto ensaístico são escritos por todos. O eixo da construção de cada encontro localiza-se sempre nos gestos de repousar sobre um mesmo texto, em um mesmo espaço, e criar derivas nascidas dessa aproximação, a partir do que esse texto move no pensamento, que deve ser sempre transformado em ação artística, em gesto cênico, de exposição pública, com formas específicas postas em cada encontro público.
Os Ensaios ignorantes públicos são mediados por regras que não têm como objetivo dirigir de forma estrita as possibilidades de experiência do público e do núcleo artístico. Uma de nossas regras consiste em disponibilizar o material textual dos Ensaios (livro, roteiro, livreto, dramaturgia) para todos os presentes, a fim de que possam ter em mãos o texto operado cenicamente. A partilha pública do material textual deseja dar a ler o texto que nos move a gerar nossas novas escrituras (cênicas, musicais, textuais etc.), assim como abrir digressões do público, dar voz a seus pensamentos.
Não há distinção de lugares entre ensaístas e público. O espaço é preparado pelos ensaístas de forma a não gerar separação entre palco e plateia, nem tampouco a disposição de uma roda. A organização do espaço almeja a hospitalidade do público, a fim de que qualquer exposição aconteça de forma sutil – preservamos cantos e espaços de solidão. Não organizamos um espaço que privilegie focos ou recortes e todos podem mudar de lugar quando quiserem. Nosso trabalho não dialoga com as formas de leitura encenada ou com alguma ideia de boa leitura restrita apenas a quem tem contato mais cotidiano com o gesto de soar um texto em voz alta. Quem não sabe ler também pode estar nos Ensaios, pois o texto sempre soa em voz alta. Realizamos ações cênicas com a presença do texto para experimentar abolir as distâncias entre experts e ignorantes.
As digressões – excursões orais realizadas de olhos fechados e com estrito limite de tempo – podem dar conta do querer-dizer das pessoas presentes e resultam em experiências extremamente teatrais, ainda que as pessoas do público não desejem fazer teatro enquanto agem. Nos Ensaios ignorantes nunca houve especialistas para explicar coisas ao público, pois também não queremos nos tornar especialistas em nossos textos de trabalho. Os especialistas que se aproximam dos Ensaios ignorantes, até o presente, são sempre convidados a se ensaiar em outros terrenos, a estar em cena, enquanto tentam sair dos gestos explicativo e informativo, na relação com seus próprios saberes.
Ações públicas entre leitura, cena e música, com o livro pequeno jacotot, um josé, criado pelo núcleo, com textos que partem da biografia do método pedagógico de Joseph Jacotot, revolucionário francês, cujo método é pensado por Jacques Rancière em O mestre ignorante, já mencionado anteriormente, e dois dos Contos para crianças impossíveis, de Jacques Prévert. Criados durante nosso projeto desenvolvido com co-patrocínio do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, os Ensaios ignorantes: jacotot, um josé foram apresentados somente quatro vezes, três delas na Oficina Cultural Oswald de Andrade e a outra no SESC 24 de maio, em outubro de 2017. Estão em planejamento de apresentações e temporada para 2018/19.
ensaístas ignorantes Juliana Jardim, Miguel Prata, Tieza Tissi
colaboradores Luiz Pimentel, Sérgio Rizzo, Vinicius Garcia
conteúdo do livro-objeto escrito e montado por Juliana Jardim e Luiz Pimentel
design do livro-objeto contradesenho e Ensaios ignorantes
luz Melissa Guimarães
direção Juliana Jardim
realização Nós três teatro e palavra e Prefeitura de São Paulo, Secretaria Municipal de Cultura e Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo
Ensaio, música, cena, leitura e um filme-ensaio com imagens captadas no lugar mais inútil da torre de Michel de Montaigne, na região de Bordeaux, na França. Têm como eixo um autorretrato e os ensaios de Michel de Montaigne. Entre nós estão os temas selvageria e aprender a morrer bem, perto dos ensaios Dos canibais e Do exercício, que ocuparam uma edição de livro que customizamos. Os Ensaios ignorantes: o lugar mais inútil foram apresentados 7 vezes em março de 2017, nos CEU Heliópolis, Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes e Centro Cultural São Paulo, dentro de projeto contemplado na 28ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo. Uma outra versão, com sete ensaios curtos de Montaigne, foi apresentada uma vez no Sesc 24 de maio, em setembro de 2017. Planejamos apresentações e temporadas para 2018/19 de todas as versões.
ensaístas ignorantes Juliana Jardim, Miguel Prata, Tieza Tissi
colaboradores cênicos Luiz Pimentel, Sérgio Rizzo e Vinicius Garcia
colaboradores na composição 2017 Renato Theobaldo (cenógrafo) e Liz Nátali (canção Ponto feliz, 2017)
ensaio fílmico O lugar mais inútil Juliana Jardim, Luiz Pimentel e Miguel Prata
apoio (viagem e registro) FAPESP
design gráfico contradesenho
direção Juliana Jardim
realização Nós três teatro e palavra, Prefeitura de São Paulo, Secretaria Municipal de Cultura e Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo
Esse título nomeia duas realizações distintas com o ensaio Da experiência, de Michel de Montaigne. Uma ação de formação que lida com pedaços desse ensaio, criada para partilharmos os delineamentos dos Ensaios ignorantes com jovens estudantes de artes e seus professores, realizada na ETEC de Artes, na SP Escola de Teatro nas sedes Brás e Roosevelt, e na Escola Marupiara, em 2017. A outra ação compreendeu uma leitura coletiva pública de um livreto que criamos para que o ensaio fosse lido em coro por muitos leitores. Nesse livreto, dividimos o ensaio em várias vozes, indicando quem poderia ler cada trecho. Tudo é proposto como jogo entre ficção e realidade, dentro de limites com os quais o público age no momento. Esta outra ação foi realizada em 2017 com 80 pessoas em A Casa Tombada. As duas ações fizeram parte de nosso projeto contemplado na 28ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.
ensaístas ignorantes Juliana Jardim, Luiz Pimentel, Miguel Prata, Tieza Tissi
colaborador na composição espacial para A Casa Tombada Renato Theobaldo
design gráfico contradesenho
direção Juliana Jardim
realização Nós três teatro e palavra, Prefeitura de São Paulo, Secretaria Municipal de Cultura e Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo
Em julho de 2015, ao longo de três dias, realizamos leituras e derivas cênicas, com e em público, com o livro O mestre ignorante: cinco lições sobre a emancipação intelectual, de Jacques Rancière, na Biblioteca Affonso Taunay, em parceria com o Sistema Municipal de Bibliotecas. A ação fez parte do projeto Ensaios ignorantes: NADA - Pensar o diálogo e o comum em gestos ensaísticos públicos, contemplado pelo ProAC/2014 Artes Integradas.
ensaístas ignorantes Caio Paduan, Juliana Jardim, Luiz Pimentel, Miguel Prata, Tieza Tissi
ensaístas convidados Sérgio Rizzo e Vinicius Garcia
design gráfico Rafael Mantarro
fotos Aníbal Rodolico
produção executiva Marilena Pimentel
escritura cênica ensaístas ignorantes, ensaístas convidados e público
idealização Juliana Jardim
realização Nós três teatro e palavra
Leituras ignorantes para Yayá
Durante a intervenção Belvedere, realizamos três dias de leituras para Dona Yayá, com textos sob curadoria de dois integrantes do núcleo de ensaístas, em 2013, na Casa de Dona Yayá (CPC-USP). Num dos dias o músico Thomas Rohrer improvisou durante a leitura, em outro o público foi convidado a levar textos e a ler interferindo no roteiro. A intervenção construiu um belvedere na varanda fechada de Yayá, herdeira da casa em que viveu sozinha com cuidadores, pois era usuária de serviços de saúde mental. As Leituras ignorantes para Yayá foram realizadas em espaços distintos da Casa, dentro e fora, no jardim.
ensaístas ignorantes Juliana Jardim e Luiz Pimentel
curadoria de textos e roteiros Juliana Jardim e Mariana Vaz
idealização e Direção Juliana Jardim
realização Nós três teatro e palavra e Parole Produção e Criação
Incendios: dejar hacer (leer y decir) un texto
Projeto desenvolvido em Madri, na Espanha, por Juliana Jardim, a convite do filósofo da educação Fernando Bárcena, que teve como eixo a realização de experiências ensaísticas privadas e públicas com o texto Incêndios, de Wajdi Mouawad. Participaram do projeto artistas cênicos e visuais, pedagogos e outros profissionais, além de estudantes de Educação, quase todos espanhóis. Aconteceu entre a Universidade e o Espacio B, em Lavapiés, em conexão com um estágio de pesquisa de Pós Doutorado desenvolvida por Juliana Jardim, com apoio da FAPESP, na Universidade Complutense de Madri.
Participantes: Alexia Lozano (pedagoga rural espanhola), Carmelo Gómez (ator espanhol), Dorle Shimmer (artista visual alemã), David Godino (educador social espanhol), Emilia Ecay Arroniz (diretora, atriz e pedagoga espanhola), Esmeralda Dias Rodrigues (cenógrafa espanhola), Fernando Bárcena (professor UCM e filósofo da educação espanhol), Geraldine Guerrero (investigadora social e performer mexicana), Marta Lázaro (videoartista espanhola), Manuel Bellisco (professor, antropólogo e artista cênico espanhol), Mónica Gallego (estudante de pedagogia espanhola), Óscar Cornago (investigador CSIC espanhol), Rafaella Marques (performer brasileira).
Este filme faz parte da ação Ensaios ignorantes: o lugar mais inútil
3 VÍDEOS FEITOS PELO PÚBLICO
(a partir das apresentações de Ensaios ignorantes: o lugar mais inútil, março de 2017)
Convidamos dez pessoas, que têm se aproximado dos Ensaios ignorantes há alguns anos, para fazerem uma ação audiovisual, do lugar de público mesmo. Três pessoas realizaram essa proposta, criando cada uma um pequeno filme: Heloísa Bonfanti (duas apresentações), Mariana Vaz (uma apresentação) e Tiago Luz (três apresentações). Ainda que suas fontes principais sejam nossas apresentações de março de 2017, esses são os autores dos vídeos, sem nossa parceria em suas opções, interferências externas (imagens, músicas e qualquer item da edição).
A instrução que demos
Ir como público tendo em mãos seu celular ou qualquer equipamento pessoal para filmar e fotografar (as duas ações são obrigatórias). Não se posicionar como fotógrafo nem videomaker, mas ser um público que filma e fotografa em silêncio. Entregar o material editado por você sem nossa interferência, como quiser, mas ele deve conter fotos e filme, ainda que tudo esteja montado como uma mesma obra. Acrescentar os créditos do projeto. O resto é livre e nada precisa ser totalizante. Mesmo.
Heloísa Bonfanti
Mariana Vaz
Tiago Luz
No segundo semestre de 2015, realizamos ensaios e leituras com o livro Nada, de Janne Teller, em uma residência na Biblioteca Affonso Taunay, a partir de parceria com o Sistema Municipal de Bibliotecas. As ações fizeram parte do projeto Ensaios ignorantes: NADA - Pensar o diálogo e o comum em gestos ensaísticos públicos, contemplado pelo ProAC/2014 Artes Integradas. Apresentamos em três cidades do interior de São Paulo, pelo Circuito Cultural TUSP. Em São Paulo, fizemos três Ensaios ignorantes: NADA, sendo dois na biblioteca citada, um dos quais em parceria com adolescentes de duas turmas do Programa Vocacional e uma turma do nono ano da E.E. Prof. José Heitor Carusi, e um terceiro n' A Casa Tombada.
ensaístas ignorantes Caio Paduan, Juliana Jardim, Luiz Pimentel, Miguel Prata, Tieza Tissi
ensaístas convidados Sérgio Rizzo, Vinicius Garcia (ano todo) e Marina Tenório (segundo semestre)
orientadora de workshop sobre diálogo e ação Marina Tenório
design gráfico Rafael Mantarro
fotos Evandro Souza e Luiz Pimentel
produção executiva Marilena Pimentel
escritura cênica ensaístas ignorantes, ensaístas convidados e público
idealização Juliana Jardim
realização Nós três teatro e palavra
Em 2008, parte do núcleo dos Ensaios ignorantes empreendeu a criação da Peça aos poucos: experiências de repouso sobre o texto Timon de Atenas, de William Shakespeare. Gerada por encontros que duraram um ano, a Peça aos poucos foi contemplada pelo ProAC/2008 Montagem Teatral, e foram realizadas 25 experiências públicas gratuitas, com 12 parceiros nas cinco macro regiões da cidade de São Paulo no ano de 2009. As experiências públicas de aproximação do referido texto desejavam que todo aprender e todo saber fossem realizados entre equipe e público por meio de ações cênicas ensaísticas, em diálogo com o filme Ricardo III: um ensaio, de Al Pacino.
escavadores cênicos Caio Paduan, Flávia Melman, Juliana Jardim, Luiz Pimentel, Selma Pellizon
atores-colaboradores Antônio Januzelli, Juliana Valente, Otávio Dantas
parceiros Renato Theobaldo, Aldeia Indígena Tenondé Porã/Patrícia Zuppi, Associação Cultural Paidéia, CAC-ECA/USP (LINCE - Laboratório do Ator, Prof. Flávio Desgranges e alunos de Jogos Teatrais), cia Teatral UEINZZ, Núcleo Vocacional, Oficina Cultural Oswald de Andrade, Praxinoscópio, Projeto Quixote, Universidade São Judas Tadeu, Júlio Barga, Miguel Prata
produção executiva Cláudia Burbulhan
fotos Otávio Dantas
direção Dedé Pacheco
direção do projeto Dedé Pacheco e Juliana Jardim
idealização Juliana Jardim
realização Nós três teatro e palavra
Em 2011, no Centro Cultural São Paulo, ensaiamos o livro O mestre ignorante: cinco lições sobre a emancipação intelectual, de Jacques Rancière, com abertura e participação do filósofo espanhol da educação Fernando Bárcena, cantando e balbuciando questões ligadas ao livro. Foram quatro encontros consecutivos com ações cênicas e leituras, com e em público, de todo o livro. A ação foi realizada dentro do projeto Professor no Centro numa parceria entre a Curadoria de Teatro e a Ação Educativa.
ensaístas ignorantes Alexandre Valverde, Auber Betinelli, Caio Paduan, Juliana Jardim, Luê Prado, Luiz Pimentel, Miguel Prata
ensaísta convidado Fernando Bárcena Orbe
fotos Lígia Jardim e Maria Julia Bertazzi
iluminação Miguel Prata
escritura cênica ensaístas ignorantes, ensaísta convidado e público
idealização Juliana Jardim
realização Nós três teatro e palavra
Ensaio: solidão
Em 2012, em uma ocupação no SESC Interlagos, realizamos no Teatro (palco italiano) um roteiro de textos sobre aprender na solidão, tendo como intermezzos diversos trechos de O mestre ignorante: cinco lições sobre a emancipação intelectual, de Jacques Rancière. O roteiro foi lido pelo filósofo espanhol Jorge Larrosa, com o núcleo dos Ensaios ignorantes entre palco e plateia. Na composição do Ensaio: solidão, o músico e improvisador livre Thomas Rohrer realizava intervenções musicais, não ensaiadas previamente, e foi exibido um vídeo do espetáculo de dança Como superar o grande cansaço?, de Eduardo Fukushima.
ensaístas ignorantes Alexandre Valverde, Auber Betinelli, Caio Paduan, Juliana Jardim, Luê Prado, Luiz Pimentel, Miguel Prata
ensaístas convidados Jorge Larrosa, Magali Biff, Thomas Rohrer, Eduardo Fukushima (em vídeo)
fotos Maria Julia Bertazzi
produção executiva Juliana Jardim e Tieza Tissi
iluminação Miguel Prata
escritura cênica ensaístas ignorantes, ensaístas convidados e público
idealização Juliana Jardim e Jorge Larrosa
realização Nós três teatro e palavra
Ensaio Da experiência
Em 2012, em uma ocupação no SESC Interlagos, no viveiro de plantas, realizamos uma leitura do ensaio Da Experiência, de Michel de Montaigne. O filósofo da educação Jorge Larrosa abriu o encontro falando sobre o tema "Ensaiar-se na vida".
ensaístas ignorantes Alexandre Valverde, Auber Betinelli, Caio Paduan, Juliana Jardim, Luê Prado, Luiz Pimentel, Maxime Godard, Miguel Prata
ensaístas convidados Jorge Larrosa e Celso Frateschi
fotos Tuca Vieira
produção executiva Juliana Jardim e Tieza Tissi
escritura cênica ensaístas ignorantes, ensaístas convidados e público
idealização Juliana Jardim
realização Nós três teatro e palavra
Ensaios para adultos de uma opereta ignorante para crianças
Em 2012, em uma ocupação no SESC Interlagos, os Ensaios ignorantes convidaram a atriz Magali Biff para co-dirigir dois ensaios (destinados a adultos) de uma Opereta ignorante para crianças, com os ensaístas e público. O material cênico e musical ensaiado foi concebido a partir dos temas nascidos de nossos gestos de aproximação do livro O mestre ignorante: cinco lições sobre a emancipação intelectual, de Jacques Rancière, em diálogo com outros textos e temas compilados em um libreto que distribuíamos também para o público.
ensaístas ignorantes Alexandre Valverde, Auber Betinelli, Caio Paduan, Juliana Jardim, Luê Prado, Luiz Pimentel, Maxime Godard, Miguel Prata
adereços e figurinos Júlio Barga
fotos Tuca Vieira
produção executiva Juliana Jardim e Tieza Tissi
escritura cênica ensaístas ignorantes e público
co-direção Magali Biff
direção geral e idealização Juliana Jardim
realização Nós três teatro e palavra
100 CAGE: Leituras ignorantes
Em 2012, ao longo de dois encontros no Centro Cultural São Paulo, lemos na íntegra o livro De segunda a um ano, de John Cage, com ensaios musicais de Thomas Rohrer e com o ensaio cênico da Conferência sobre o compromisso junto com o público. O encontro foi aberto com a gravação da leitura do poema Mesósticages por Augusto de Campos.
ensaístas ignorantes Auber Betinelli, Caio Paduan, Juliana Jardim, Luiz Pimentel, Miguel Prata, Tieza Tissi
ensaísta convidado Thomas Rohrer
fotos Maria Julia Bertazzi
produção executiva Cláudia Burbulhan
escritura cênica ensaístas ignorantes, ensaísta convidado e público
idealização Juliana Jardim
realização Nós três teatro e palavra
Ensaios ignorantes para crianças impossíveis
Ao longo de 2013, o núcleo de ensaístas criou e realizou publicamente esses Ensaios, premiados pelo ProAC/2012, com a obra Contos para crianças impossíveis, de Jacques Prévert, em edição bilíngue francês-português. A encenação consistia na leitura integral do livro feita por todos os presentes, entremeada por cenas, derivas e digressões realizadas por núcleo e público, que também adentrava no campo bilíngue do livro e agia cenicamente, junto conosco, em torno de um conto em francês. O projeto foi apresentado em seis bibliotecas públicas, sendo quatro na cidade de São Paulo, uma em Jundiaí e uma em Sorocaba, em quatro Fábricas de Cultura de diferentes regiões da cidade de São Paulo (norte, sul, leste) e nas unidades do SESC do Bom Retiro e de Santo André.
ensaístas ignorantes Auber Betinelli, Caio Paduan, Juliana Jardim, Luiz Pimentel, Magali Biff, Miguel Prata, Tieza Tissi
design gráfico contradesenho
fotos Maria Julia Bertazzi
produção executiva Cláudia Burbulhan
escritura cênica ensaístas ignorantes e público
idealização Juliana Jardim
realização Nós três teatro e palavra
Outras Ações
• Ensaios ignorantes: perto do livro, Casa das Máquinas, Florianópolis (SC), 2012
Com o livro Várias histórias, de Machado de Assis, realizamos cinco encontros, sendo três privados (dentro de uma oficina) e dois públicos. Os Ensaios contaram com a participação de jovens estudantes do ensino médio, professores e artistas de áreas distintas e atores. O público presente nos ensaios públicos também foi convidado a adentrar em jogos de aproximação do livro.
• Treinamento para curadores da Mostra Sesc de Artes, São Pedro (SP), 2012
A convite da Gerência de Ação Cultural do SESC-SP, Juliana Jardim idealizou um treinamento para os curadores da Mostra Sesc de Artes, com participação dos outros ensaístas.
• Treinamento para os formadores das Fábricas de Cultura de São Paulo, São Paulo (SP), 2012
Treinamento idealizado por Juliana Jardim com participação dos outros ensaístas, na Oficina Cultural Oswald de Andrade.
• Leituras ignorantes para Yayá, São Paulo (SP), 2013
Durante a intervenção Belvedere, realizamos três dias de leituras para Dona Yayá, com textos sob curadoria de dois integrantes do núcleo de ensaístas, em 2013, na Casa de Dona Yayá (CPC-USP).
• Incendios: dejar hacer (leer y decir) un texto, Madri, Espanha, 2014
Projeto desenvolvido em Madri, na Espanha, por Juliana Jardim, a convite do filósofo da educação Fernando Bárcena, que teve como eixo a realização de experiências ensaísticas privadas e públicas com o texto Incêndios, de Wajdi Mouawad. O projeto teve a participação de artistas cênicos e visuais, de pedagogos e de outros profissionais, além de estudantes de Educação, em sua maioria espanhóis, e aconteceu no Espacio B, em Lavapiés, a partir de um estágio dentro de pesquisa de Pós Doutorado desenvolvida por Juliana Jardim, com apoio da FAPESP, na Universidade Complutense de Madrid.
Realizamos uma leitura pública coletiva do diálogo Mênon, de Platão, na Biblioteca Monteiro Lobato, em parceria com o Sistema Municipal de Bibliotecas. O texto foi solo do treinamento sobre Diálogo e Ação, coordenado por Marina Tenório, para o núcleo de ensaístas, artistas e professores convidados, em torno das estruturas lúdicas do texto, conforme nomeadas pelo pedagogo teatral russo Anatoli Vassíliev. A ação fez parte do projeto Ensaios ignorantes: NADA - Pensar o diálogo e o comum em gestos ensaísticos públicos, contemplado pelo ProAC/2014 Artes Integradas.
ensaístas ignorantes Caio Paduan, Juliana jardim, Luiz Pimentel, Miguel Prata, Tieza Tissi
ensaístas convidados Sérgio Rizzo e Vinicius Garcia
orientadora de workshop sobre Diálogo e Ação Marina Tenório
design gráfico Rafael Mantarro
produção executiva Marilena Pimentel
idealização Juliana Jardim
realização Nós três teatro e palavra
Ensaios ignorantes: perto do livro Casa das Máquinas, Florianópolis (SC), 2012
Coordenamos uma oficina para jovens estudantes do ensino médio, professores e artistas de áreas distintas e atores, que trabalhou com relações entre corpo e texto, leitura, escuta e dizer. Propusemos como eixo o livro Várias histórias, de Machado de Assis. Realizamos cinco encontros, sendo três privados (dentro da oficina) e dois públicos. Os dois dias públicos aconteceram como Ensaios ignorantes, o público presente também foi convidado a adentrar em jogos de aproximação do livro, propostos pelos ensaístas ignorantes e também pelos participantes da oficina. Premiado com o edital Apoio às Culturas 2012, do Fundo Municipal de Cultura de Florianópolis, em projeto de parceria com a professora da Udesc Heloise Baurich Vidor.
Treinamento para curadores da Mostra Sesc de Artes São Pedro (SP), 2012
A convite da Gerência de Ação Cultural do SESC-SP, Juliana Jardim idealizou um treinamento para os curadores da Mostra Sesc de Artes, que foi coordenado por ela e realizado com participação dos outros ensaístas do projeto à época, Auber Betinelli, Caio Paduan, Luiz Pimentel e Miguel Prata. Num terreno temático ligado ao que delimitamos como aprendizagens no entre, aprendizagens cotidianas advindas das tradições e a vida como ensaio, o treinamento lidou com os temas do embrutecimento e da emancipação, a relação entre saber e fazer, e tocou nas relações de tradução e contra-tradução como artesanias com a palavra.
Treinamento para os formadores das Fábricas de Cultura - POIESIS São Paulo (SP), 2012
Encontro em forma de curadoria e treinamento, realizado na Oficina Cultural Oswald de Andrade, para formadores em arte, a convite da Poiesis Organização Social de Cultura. O encontro lidou com conteúdos do método Jacotot, com sua biografia e com o tema aprender na solidão, a pedido da coordenação pedagógica da Poiesis, interessada, à época, em adensar nos participantes a ideia de emancipação com a qual lidavam em suas ações.
Eu também sou leitor. Projeto educacional
o terreno do projeto e a situação entre professor e aluno
A partir das ações pedagógicas e artísticas do projeto Ensaios ignorantes e das experiências pedagógicas e artísticas de seus integrantes, todas experiências que têm como eixo ações entre Educação e Teatro, consideramos, aqui, a seguinte situação: os gestos de aprender e ensinar têm dependido cada vez mais de excessos de explicações, no modo como se aprende e se ensina no país, e no mundo. O hábito de buscar interpretações dos livros fora dos livros mesmos, a prática de sair daquilo que se lê para buscar fontes para se compreender o lido são, todos, gestos embrutecedores que não favorecem em nada os processos emancipatórios da pessoa. A relação professor-aluno sempre está separada por uma distância. Tanto professor quanto aluno consideram que há uma inteligência a ser atingida, um saber a ser alcançado a partir de explicações cada vez mais inalcançáveis vindas de sucessivos professores e dos livros. O ato explicativo funda a sociedade. Junto com Joseph Jacotot, o chamado mestre ignorante, propomos um projeto que dialogue com a possibilidade de emancipação da pessoa a partir de uma relação na qual o professor não objetiva verificar o que o aluno descobriu mas ele verificará se o aluno buscou. Ele avalia se o aluno está atento. Com Jacotot não há monopólio da inteligência.
proposta educacional a ser desdobrada
Planejamos um projeto, obviamente a ser desdobrado com parceria local, que prevê a realização dos Ensaios ignorantes como uma ação ensaística sensibilizadora com duração de 3 horas, com professores dos ensinos fundamental 1, 2 e médio, e estudantes de Educação (e de outras áreas de interesse). Essa ação estaria acompanhada de duas outras ações, a fim de insistirmos em fazer pensar nos modos de estar com as palavras e em como transmitem-se esses modos aos alunos, às pessoas do presente e do futuro. Na terceira ação acontece um estreitamento das relações entre os temas, a abertura de novos assuntos, e o contato com a lógica de composição de nossa maneira de agir perto das palavras, sem a necessidade de exaustivas interpretações. Essa ação deve acontecer, preferencialmente, com número não muito alto de participantes para que realmente algum contato mais estreito possa dar-se. Outras ações podem ser planejadas com estudantes e com outro livro como eixo.
modo de composição do projeto na parceria
Planejamos uma parceria que estabeleça estreita relação com secretarias, diretorias e gestores locais, que elaborarão conosco os detalhes do projeto, a fim de que o máximo de dados e informações, de cada lugar, possam nos amparar no delineamento das ações específicas para cada campo, bairro, cidade, região.
Porém, eles devem ser planejados a partir do início do delineamento do trabalho.
idealizadora
Juliana Jardim é Pós-Doutora em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, tendo realizado etapa da sua pesquisa entre Espanha e França, doutora em Teatro pela Escola de Comunicações e Artes da USP, professora, pesquisadora e atriz. Sua ação se desenvolve entre os campos da educação e do teatro, nas relações entre cena e aula, no estudo da comicidade, do pensamento entre aprender e emancipar, com um eixo bastante aprofundado em uma pesquisa sobre a escuta de si e do outro, a pensar o convívio entre a solidão e o comum. Idealizou e dirige o projeto Ensaios ignorantes. Teve uma aliança de oito anos com o griô e ator africano Sotigui Kouyaté, tendo realizado a seu convite duas viagens ao Mali e ao Burkina Faso, e sua ação atual dialoga diretamente com essas experiências. Formadora da SP Escola de Teatro em 2011. Professora convidada na graduação em Teatro da ECA-USP, em 2006 e 2008, dirige também na USP o estágio de formatura EAD, Oito. Professora de teatro da Universidade São Judas Tadeu entre 2005 e 2011. Consultora da Fundação Dom Cabral (MG) desde 2004. Co-diretora artística dos projetos Território Cultural (Petroquisa, RJ) e a CASA no Escolas de Paz (Unesco, RJ), que realizam, ambos, ocupação em e escolas, com espetáculos de teatro, música, circo, cursos. Realiza em 2014 estágio teórico-prático de Pós-Doutorado na Universidade Complutense de Madri, na Espanha, dentro da pesquisa Ensaio, ignorância, desobramento: um espaço intervalar entre a aula e a cena. Em Madri, seu projeto Paisagens errantes entre a aula e a cena: Incêndios e Fernand Deligny foi realizado na Filosofia da Educação. Doutora em teatro pela ECA-USP, com a pesquisa vestígios do dizer de uma escuta (repouso e deriva na palavra). Concebeu o material didático e coordenou as formações de professores do programa Diálogos e Reflexões com Educadores-Teatro no CCBB, em São Paulo. Orientadora artística em diversas realizações de grupos teatrais, trabalha também como preparadora de atores, sendo que as ações mais recentes foram na peça Bispo, com o ator baiano João Miguel, desde julho de 2016; Coletivo Bonobando (RJ, 2016); Banda Mirim (SP, 2016); Roda Gigante (RJ, 2012/3). Como atriz fez também Experimento do acordo, Madrugada, Esperando Godot, Péricles, príncipe de Tiro, É o fim do mundo, Oração, Lactolove e mais 12 peças.
parceiros
Os principais parceiros na ação aqui proposta são Luiz Pimentel, pesquisador, professor e ator, mestre em Educação na FE-USP dedicado à crítica das relações entre polícia, educação e práticas culturais no Brasil; Miguel Prata, pesquisador, professor e ator, mestrando em Teatro na ECA-USP dedicado a pensar relações entre ficção, emancipação e pedagogia da arte e da pessoa; Tieza Tissi, pesquisadora, professora, atriz e tradutora, mestre em Letras pela FFLCH-USP dedicada a pensar a pedagogia da arte. Todos têm experiência profissional entre as áreas artística e pedagógica, e suas pesquisas formais também se desenvolvem entre os temas da formação, da aprendizagem e do gesto artístico, na relação entre cena e aula.
O que são
Antecedentes
Em 2008, parte do núcleo dos Ensaios ignorantes empreendeu a criação da Peça aos poucos: experiências de repouso sobre o texto Timon de Atenas, de William Shakespeare, contemplada pelo ProAC 2008, realizada publicamente em parceria com a Aldeia indígena Tenondé Porã, a Cia. Teatral Ueinzz, a Associação Cultural Paidéia, o Departamento de Artes Cênicas da ECA-USP, o Programa Vocacional, a Oficina Cultural Oswald de Andrade, o Projeto Quixote, a Universidade São Judas Tadeu e o Centro Cultural Rio Verde. As experiências públicas de aproximação do referido texto desejavam que todo aprender e todo saber do texto fossem realizados entre equipe e público por meio de ações cênicas ensaísticas, em diálogo com o filme Ricardo III: um ensaio, de Al Pacino.
Início e modos de acontecimento
Da Peça aos poucos surgiram, em 2010, os Ensaios ignorantes, quando parte do núcleo seguiu em trabalho com ensaios privados em torno de O mestre ignorante, entre 2010 e 2011. Esse livro é o gerador de nossos modos de estar em cena com o público, em diálogo com o livro Ensino universal. Língua materna, de Joseph Jacotot, autor do método biografado por Rancière em O mestre ignorante. Em linhas gerais, as encenações dos Ensaios ignorantes caracterizam-se por encontros de longa duração – de 2 a 5h –, nos quais ensaístas e público ficam perto de um material textual, seja ele um livro, um roteiro, um libreto. Realizamos ações cênicas, musicais e de diversas texturas em torno do texto, com maior ou menor intensidade teatral, às quais nomeamos repousos, digressões e derivas.
Eixos
Ensaio, aqui, é sinônimo de encenação. O encontro com o público é parte necessária para a realização da encenação em si. Nos Ensaios ignorantes o público não vem para ver, mas para ensaiar junto, ainda que não seja exigida de ninguém nenhuma participação cênica. A encenação é tratada como ação coletiva de aproximação de algo em comum, a partir da tentativa do não prevalecimento do conhecimento dos ensaístas sobre o texto.
Todos os participantes dos Ensaios podem dar a ver e a ouvir as suas vozes e posições por meio da realização de Digressões e Derivas. Convidamos o público a adentrar em jogos-encenação, com limites claros e precisos, dados a todos, para que cada um participe quando e como desejar. Desse modo, o texto cênico, a escritura espacial e o texto ensaístico são escritos por todos. O eixo da construção da encenação localiza-se sempre nos gestos de repousar sobre um mesmo texto, em um mesmo espaço, e criar derivas nascidas dessa aproximação, a partir do que esse texto move no pensamento, que deve ser sempre transformado em ação artística, em gesto cênico, de ex-posição pública, com formas específicas postas em cena.
Os Ensaios ignorantes públicos são mediados por regras que não têm como objetivo dirigir de forma estrita as possibilidades de experiência do público e do núcleo artístico. Exercitamos a organização e publicação de regras que possam mover um campo de jogo e de ação que dialoga com os temas do projeto. Aqui os limites querem expandir.
Uma de nossas regras consiste em disponibilizar o material textual dos Ensaios (livro, roteiro, libreto, dramaturgia) para todos os presentes, a fim de que possam ter em mãos o texto operado cenicamente. A partilha pública do material textual deseja dar a ler o texto que nos move a gerar nossas novas escrituras (cênicas, musicais, textuais, etc.), assim como abrir digressões do público, dar voz a seus pensamentos.
Não há distinção de lugares entre ensaístas e público. O espaço é preparado pelos ensaístas de forma a não gerar separação entre palco e plateia, nem tampouco a disposição de uma roda. A organização do espaço almeja a hospitalidade do público, a fim de que qualquer exposição aconteça de forma sutil e preservamos cantos e espaços de solidão. Não organizamos um espaço que privilegie focos ou recortes, e todos podem mudar de lugar quando quiserem. Nosso trabalho não dialoga com as formas de leitura encenada (onde o texto é lido apenas por intérpretes) ou com alguma ideia de boa leitura restrita apenas a quem tem contato mais cotidiano com o gesto de soar um texto em voz alta. Quem não sabe ler também pode estar nos Ensaios, pois o texto sempre soa em voz alta. Não temos o objetivo de incentivar leitura nem formar leitores, ainda que isso possa acontecer como consequência de nossos encontros, realizamos ações cênicas com a presença do texto para experimentar abolir as distâncias entre experts e ignorantes.
Não queremos explicar nada, por isso, não realizamos debate após os encontros. As digressões – excursões orais realizadas de olhos fechados e com estrito limite de tempo – podem dar conta do querer-dizer das pessoas presentes e resultam em experiências extremamente teatrais, ainda que as pessoas do público não desejem fazer teatro enquanto agem. Nos Ensaios ignorantes nunca houve especialistas para explicar coisas ao público, pois também não queremos nos tornar especialistas em nossos textos de trabalho. Os especialistas que se aproximam dos Ensaios ignorantes, até o presente, são sempre convidados a se ensaiar em outros terrenos, a estar em cena, enquanto tentam sair dos gestos explicativo e informativo, na relação com seus próprios saberes.
Nós Três Teatro e Palavra
Produtora
2016 a 2018 • Ensaios ignorantes: o comum e o gesto ensaístico entre cena e público, projeto contemplado pelo Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo, com duração de 18 meses cujas ações estão descritas neste site. • Todas as ações desenvolvidas entre 2016 e 2017 encontram-se no site.
2015 • Ensaios ignorantes: repousos e derivas com O mestre ignorante, de Jacques Rancière. Com o apoio do ProAC-Artes integradas apresentamos em julho no Parque da Mooca, Biblioteca Affonso Taunay, na qual realizamos residência ao longo do ano, em parceria com o Sistema Municipal de Bibliotecas Municipais. • Diálogo e Ação nas estruturas lúdicas de Mênon, um diálogo de Platão. Sob a coordenação de Marina Tenório, realizamos entre julho e agosto, em parceria com o TUSP e o Sistema Municipal de Bibliotecas, a oficina gratuita de treinamento com os ensaístas ignorantes e 12 convidados de diversos núcleos teatrais da cidade. • Ensaio de uma leitura do Nada. Ensaio público de leitura do livro Nada, de Janne Teller, realizado em parceria com adolescentes, em setembro. • Ensaios ignorantes: Nada. Encenação com apresentações públicas em novembro na Biblioteca Affonso Taunay, onde residimos ao longo do ano, e dentro do Circuito TUSP, nas cidades de Bauru, Piracicaba e Ribeirão Preto, em outubro. • Mário de Andrade: lobo, pastores, ovelhas. Encontros entre leitura e ações cênicas com e em público, realizados em novembro e dezembro na Biblioteca Pública Alceu Amoroso Lima, no Centro Cultural Cidade Tiradentes, Biblioteca Infantojuvenil Monteiro Lobato e Biblioteca Pública Mário Shenberg.
2013
• Premiados com o ProAC 2012, criamos, produzimos e realizamos os Ensaios ignorantes para crianças impossíveis, a partir do livro Contos para crianças impossíveis, de Jacques Prévert, em edição bilingue traduzida por Alexandre Barbosa de Souza (Ed. Cosac & Naify). Entre abril e outubro de 2013, foram realizados nove Ensaios em São Paulo (Jardim Lapenna, Jardim Robru, Jova Rural, Carandiru, Vila Nova Cachoerinha, Capão Redondo, Jardim São Luís, Sesc Bom Retiro), e três no interior, em Jundiaí, Sorocaba e Sesc Santo André.
• Em outubro, realizamos Ensaios ignorantes entre Rancière e Jacotot para 50 educadores da Poiesis, Organização Social de Cultura.
• Em maio, no CPC-USP, Casa de Dona Yayá, durante a intervenção Belvedere, idealizamos, produzimos e realizamos três Leituras ignorantes para Yayá.
2012
• Idealização, coordenação e produção dos Ensaios ignorantes: perto do livro e Ensaios ignorantes: repousos e derivas com Várias histórias, de Machado de Assis, premiados com o Fundo Municipal de Cultura da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes, dentro do projeto LER: ensaios entre a literatura, o teatro e a educação, Florianópolis – SC, outubro de 2012.
• Produção e coordenação de Leituras ignorantes: NADA, com tradução e leitura coletiva pública do livro Nada, de Janne Teller. A tradução foi feita por todos os integrantes do núcleo dos Ensaios ignorantes e alguns convidados; FEUSP, setembro de 2012.
• Curadoria e produção do evento 100 Cage: Leituras ignorantes, com a leitura integral do livro De segunda a um ano, de John Cage, no Centro Cultural São Paulo, setembro de 2012.
• Produção do Ensaio ignorante: o entre, para curadores da Mostra Sesc de Artes e coordenadores de programação, GEAC, SESC, SP, 5 de junho de 2012.
• Idealização, coordenação e produção dos Ensaios ignorantes, SESC-SP Interlagos, março 2012: Ensaio: solidão, uma curadoria de textos feita em parceria com o filósofo da educação Jorge Larrosa; Ensaio da experiência e Ensaio para adultos de uma opereta ignorante para crianças.
2011 e antes
• Produção das Leituras ignorantes: repousos e derivas com O mestre ignorante, Centro Cultural São Paulo, novembro de 2011.
• Coordenação da Vigília literária com arqueologia bibliográfica do livro Todos os fogos o fogo, de Julio Cortazar, e mediação de encontro com curadores do evento Percursos amarelos-Anotações de Julio Cortazar, no Centro Cultural São Paulo, em junho de 2011.
• Curadoria e produção do evento Hassane Kouyaté em São Paulo (de 14 a 22 de maio de 2011), realizando encontros públicos, narração de histórias, oficinas para atores e para representantes de ONGs da Santo Amaro em Rede – Culturas de Convivência nos SESCs Santo Amaro e Ipiranga e na SP Escola de teatro.
• Premiada com o ProAC 2008 de Montagem da Peça aos poucos: experiências de repouso sobre o texto Timon de Atenas, de William Shakespeare. A Peça aos poucos realizou 25 experiências públicas, nomeadas como escavações do texto, na cidade de São Paulo com os parceiros: Aldeia Guarani Tenondé Porã, Paidéia Associação Cultural, Ateliê Funilaria e Pintura, Departamento de Artes Cênicas- ECA-USP, Centro Cultural Rio Verde, Cia. Teatral Ueinzz, COMUCO, Escola Waldorf Francisco de Assis, Núcleo Vocacional (SMC-Prefeitura de São Paulo, SP), Oficina Cultural Oswald de Andrade, Praxinoscópio Produções Cenográficas, Projeto Quixote, Universidade São Judas Tadeu. Esses parceiros tiveram relação estreita com o projeto, seus integrantes participaram de uma oficina coletiva com 16 horas de duração, muitos deles entraram em cena conosco, nas escavações públicas. Não se tratou de cessão de espaço, mas de co-realização.
• Participação na Comissão Julgadora do projeto Concurso Banco Real de Talentos da Maturidade - 10a Edição, categoria Contadores de História.
• Consultoria de Teatro para o programa Diálogos e Reflexões com Educadores – Centro Cultural Banco do Brasil – São Paulo, com a autoria de todo o material didático e coordenação e planejamento de todos os encontros com 800 educadores, ao longo de todo o ano de 2007.
• Orientação artística via trabalhos práticos, estudos diversos e montagens, e Co-autoria de projetos para/com os grupos Jogando no quintal (2006, 2007 SP), Teatro de Anônimo (2001-03 RJ), Pedras ( 2002-03 RJ), Teatro Diadokai (2002-03 RJ), Ler é uma viagem (2007 SP), Cia. Paidéia de Teatro (2008, SP, Projeto).
• Coordenação e produção de todos os estágios realizados em São Paulo pelo griot e ator africano Sotigui Kouyaté – companheiro por 22 anos de Peter Brook no Centro por ele dirigido em Paris –, ator, entre outras, das peças O Mahabharata, A tempestade, Hamlet, Tierno Bokar, e, entre outros, dos filmes O céu que nos protege, Coisas belas e sujas, Genesis, Sya, Keita, Little Senegal. Os estágios produzidos exclusivamente pela Nós três teatro e palavra para artistas, educadores, profissionais da área de saúde, aconteceram em 2003 (em parceria de seção de espaço com o SESC Ipiranga) e em 2004 (em parceria de seção de espaço com o Teatro Fábrica) e, em 2006, com parceria de produção com o SESC Consolação.
• Pesquisa e edição de textos, entre outras, das publicações especiais Gilda, a paixão pela forma (SESC Araraquara, 2007), Três artistas em busca do povo brasileiro: Villa-Lobos, Tarsila e Portinari (Instituto Cultural Usiminas, 2006), Portinari, pocket opera (SESC Ipiranga, 2003).
• Curadoria e mediação dos ciclos de leituras dramáticas e debates Em cena, ações!, sobre o teatro brasileiro das décadas de 60 e 70 (SESC Ipiranga, 2005-2006).
• Curadoria e mediação dos encontros realizados no projeto Bernard Shaw - um porto de passagem (SESC Vila Mariana, SP, 2005).
• Direção do recital Pablo Neruda: memórias, poemas e canções (SESC Ipiranga, 2004).
• Elaboração de pesquisa e roteiro da exposição Pablo Neruda: navegação e regresso, em comemoração aos 100 anos de nascimento do poeta chileno (SESC Ipiranga, junho e julho de 2004).
• Direção do recital Poemas Falados, baseado na obra de Manoel de Barros (SESC Ipiranga, 2004).
• Edição do livro Imagens da Era Vargas: artigos, fábulas e memórias, coletânea de textos de 19 autores brasileiros, dentre os quais Adélia Prado, Carlos Heitor Cony, Ferreira Gullar, Manoel de Barros, Moacyr Scliar e Nélida Piñon (SESC Ipiranga, 2004).
• Assessoria técnica na área educacional para o Programa SuperAção Jovem, do Instituto Airton Senna, no estado de São Paulo entre agosto de 2003 e dezembro de 2008.
• Produção de Três Solos Cômicos, evento que reuniu no Centro Cultural São Paulo, as temporadas das peças-solo Metrô, com Magali Biff, A-ma-la com Adelvane Néia e Madrugada, com Juliana Jardim, em 2001.
• Curadoria e produção de VIA DUTRA: teatro de São Paulo no Humaitá, evento que reuniu no Teatro Sérgio Porto no Rio de Janeiro, as peças paulistas: Café com queijo (grupo LUME), Teleco (Ateliê Teatro), Canção de cisne (Gustavo Machado/Vadim Nikitin) e Madrugada, em janeiro de 2002;
• Produção da peça Madrugada, que realizou temporadas em SP (capital e interior) entre 2000 e 2002, e esteve entre 2000 e 2005 em diversas cidades brasileiras (nos estados de SP, RJ, PR, ES, CE, MG, SC) e em Seattle e Los Angeles (EUA, 2001).
• Co-autoria e co-direção artística dos projetos Território Cultural (patrocinado pela Petroquisa, 2002, RJ) e a CASA no Escolas de Paz (Unesco, 2002, RJ).
• Direção de atores de Jardins suspensos de Alice (Cultura Inglesa, SP, capital e interior 1999, SESC Taubaté 2000) e O astronauta (Cultura Inglesa, Centro Cultural São Paulo-SP 2000), ambos dirigidos pelo cenógrafo Renato Theobaldo.
Caio Paduan
Ator e professor de teatro. Mestre em Artes Cênicas pela ECA/USP, na área de Pedagogia do Teatro. Bacharel em Artes Cênicas pela ECA/USP e graduando em Educação Física pela EEFE/USP. Pesquisador na área de Artes Cênicas e práticas do ator com estudos e práticas voltados para relações do ator com a palavra em cena e no seu aprendizado. Orientador do CLAC (Centro Livre de Artes Cênicas) de São Bernardo do Campo desde 2014. Integrante do projeto Ensaios Ignorantes, direção de Juliana Jardim, um projeto híbrido que transita entre as áreas do teatro, literatura e educação e que já realizou apresentações no Centro Cultural São Paulo e SESCs e foi premiado com o ProAc 2015 Artes Integradas, com o projeto Ensaios Ignorantes: NADA, e com ProAc 2012 de Incentivo a Leitura em Bibliotecas Públicas, com o projeto Ensaios Ignorantes para crianças impossíveis. Em 2014, participou com o grupo OPOVOEMPÉ de uma residência artística de um mês em Frankfurt (Alemanha) para a criação de uma performance integrando o projeto EVAKUIREN FRANKFURT, organizado pelo centro cultural Mousonturm, com curadoria de Akira Takayama e Mathias Pees. Em 2013, atuou, como ator convidado, no espetáculos 66 Minutes in Damascus, do diretor libanês Lucien Bourjeily, na 1ª Bienal internacional de Teatro da USP. No mesmo ano, atuou também no áudio tour REMOTE SÃO PAULO do grupo alemão Rimini Protokoll, em cartaz no SESC Belenzinho. Em 2011, atuou como artista-mediador no Centro Cultural São Paulo, por meio do projeto Arquivo vivo, selecionado pelo primeiro concurso de Projetos em Mediação Artistica do CCSP. Em 2010, atuou no espetáculo Figuras em Rapsódia, da Cia Mundu Rodá, desenvolvido a partir de estudos das figuras tradicionais do Cavalo-Marinho de Pernambuco. E integrando a Cia. Mundu Rodá, realizou o espetáculo Estrada, orientado pelo diretor Villiam Docolomansky do grupo tcheco Farm in the Cave, e desenvolveu estudos sobre a corporeidade e musicalidade das danças tradicionais brasileiras (frevo, caboclinho, cavalo-marinho) para o treinamento do ator e possíveis diálogo com o teatro contemporâneo. Foi contemplado com o ProAC 2010/11, com o projeto Orvalho avesso, solo de dança-teatro baseado no livro Confissões de uma máscara de Yukio Mishima, no qual propõe um diálogo cênico entre o butô e pesquisas sobre a identidade homossexual e seus meios de representação. Em 2009, como ator-escavador, realizou o projeto Peça aos Poucos - Experiências de repouso sobre o texto Timon de Atenas, de William Shakespeare contemplado com o ProAC, 2008/09, dirigido por Juliana Jardim e Dedé Pacheco.
Juliana Jardim
Professora, diretora, atriz, pesquisadora com eixo principal na área prática em trabalho com texto, comicidade, narrativas, ensaio e trabalho de ator (corpo, escuta e palavra), e alianças com o tema da emancipação da pessoa. Pós doutora, desenvolveu sua pesquisa com o tema do corpo que ensaia junto e com o público, na relação com textos, no Brasil, na Espanha e na França. Idealizou o projeto Ensaios ignorantes. Em seus trabalhos mais recentes, Juliana é co-diretora da peça MEIA-MEIA, de Vadim Kikitin, que estreia em outubro de 2018, diretora colaboradora da peça Bispo, de e com João Miguel, de julho de 2016 a maio de 2017. Professora do curso de Pós Graduação Lato senso A arte de contar histórias na contemporaneidade / Abordagens históricas, culturais e artísticas, em A casa tombada, desde 2012. Coordena entre julho de 2016 e novembro de 2017 quatro cursos de curta duração acerca do corpo desconcertante, a fim de investigar postas em cena a partir de situações grotescas e com alto grau de ironia do ponto de vista da paródia dramatúrgica e corporal, com grupos de vários atuantes em cena. Trabalha como orientadora artística, preparadora de atores, coordena workshops para diversos grupos, sendo que os mais recentes foram Coletivo Bonobando (RJ, 2016, Cidade Correria, Teatro Sérgio Porto); Poleiro do Bando (SP, Prêmio Zé Renato, Família, Sesc Bom Retiro, 2016); Banda Mirim (SP, 2016, Buda, Fomento ao teatro). Realizou em 2014 em Madri a pesquisa e a posta em cena denominada Incendios: dejar hacer (leer y decir) un texto, com atores, sociólogos, performers, professores e artistas de outras áreas, apresentada em novembro do mesmo ano no centro cultural Espacio B, em parceria com a Universidade Complutense de Madrid.
Realiza entre março e dezembro de 2014 estágio teórico-prático de Pós Doutorado na Universidade Complutense de Madri, na Espanha, como parte da pesquisa – desenvolvida na Faculdade de Educação da USP, concluída em março de 2016 – Ensaio, ignorância, desobramento (desoeuvrement): um espaço intervalar entre a aula e a cena, supervisionada pelo Prof. Dr. Julio Groppa. Em Madri, seu projeto chamava-se Paisagens errantes entre a aula e a cena: Incendios e Fernand Deligny com a supervisão de Fernando Bárcena, na Filosofia da Educação. Doutora em teatro pela ECA-USP, com a pesquisa vestígios do dizer de uma escuta (repouso e deriva na palavra), com orientação da Profª. Drª. Sílvia Fernandes, sobre relações entre corpo e palavra no trabalho de ator.
Fora da universidade (BR e exterior), seus principais estudos em longa duração foram com Sotigui Kouyaté (entre 2002 e 2010, RJ, SP, Mali e Burkina Faso), Hassane Kouyaté (entre 2006 e 2011, SP e Burkina Faso), Cristiane Paoli-Quito (1992, SP), Antonio Januzelli (desde 1990, SP). Viajou para o oeste da África (Mali e Burkina Faso) em 2003/04 e 2007/08 a convite de Sotigui Kouyaté e sua ação atual dialoga diretamente com essas experiências.
Formadora da SP Escola de Teatro em 2011 e colaboradora em 2012 e 2013. Professora convidada na graduação em Teatro da ECA-USP nas disciplinas Improvisação e Interpretação, em 2006 e 2008, dirige também na USP o estágio de formatura EAD, Oito, em 2005. Co-autora da pesquisa Procedimentos metodológicos do ator de teatro: primeiras investigações, registros das práticas de ator de oito pesquisadores do país, em parceria com Antonio Januzelli.
Professora de teatro da USJT entre 2005 e 2011, de Encenação e Interpretação, na graduação, e Direção na Pós-Graduação. Orientadora dos projetos de conclusão de curso, entre pesquisa e encenação, entre 2006 e 2011, tendo orientado as montagens de mais de 15 peças teatrais.
Como atriz participa também do Experimento do acordo, fez o solo Madrugada, com o qual esteve entre os anos de 2000 e 2005 em diversas cidades brasileiras e em Seattle e Los Angeles (EUA); Esperando Godot, de Samuel Beckett, Péricles, de William Shakespeare; É o fim do mundo, Oração, Lactolove. Fez a direção de atores dos espetáculos cenográfico-teatrais Jardins suspensos de Alice e O astronauta, ambos dirigidos pelo cenógrafo Renato Theobaldo.
Co-diretora artística dos projetos Território Cultural (RJ) e a CASA no Escolas de Paz (Unesco, RJ), que realizam, ambos, ocupação em comunidades e escolas, com espetáculos de teatro, música, circo, e oficinas. Orientadora artística e parceria em diversas realizações dos grupos Diadokai, Pedras, Teatro de Anônimo, no RJ; no Rio de Janeiro e em São Paulo trabalha como orientadora artística, preparadora de atores, coordena workshops para diversos grupos. Diretora de peças teatrais nas escolas Colégio de São Bento (1991/93) e Escola Waldorf Rudolf Steiner (1996/99).
LUIZ PIMENTEL
Ator e pesquisador em Artes Cênicas e mestre em Filosofia e Educação pela Faculdade de Educação da USP. Como ator participou dos espetáculos Manter em Local Seco e Arejado (2008) e Mantenha Fora do Alcance de Crianças (2009), ambas criações em processo colaborativo no coletivo [pH2]: estado de teatro; Madri 36 (2009), processo de pesquisa cênica sobre a Guerra Civil Espanhola (2009) e Se um existe outro some (2011-2012), projeto contemplado pelo ProAC - Primeiras Obras 2011. Em 2010 atuou como dramaturgo no espetáculo Atridas, criação do coletivo [pH2]: estado de teatro. Atuou, entre os anos de 2013 e 2014 como artista orientador no Programa de Teatro Vocacional da Secretaria Municipal de Cultura (orientou turmas no CEU Jaguaré, Tendal da Lapa, Teatro Cacilda Becker e Galeria Olido). Participou do expediente e escreveu uma coluna mensal na Revista Geni – dá pra qualquer um/a – revistageni.org, dedicada aos debates sobre gênero, diversidade e sexualidade. Em 2015 criou a dramaturgia, junto ao grupo colombiano La Maldita Vanidad, o grupo mexicano Lagartijas tiradas al Sol e o brasileiro [ph2]: estado de teatro, o Projeto 85 (premiado pelo Rumos Itaú Cultural) em suas etapas internacional e nacional. Em setembro de 2014, pelo mesmo projeto, participou do Festival Mirada dentro de uma residência artística com o grupo paraguaio En borrador: teatro em construcción. Também em 2015 foi contemplado, junto ao [ph2]: estado de teatro, pelo Fomento ao Teatro com o projeto Endividado e atuou no espetáculo A sagração da primavera: quadros de uma dívida não paga. Nos anos de 2016 e 2017, atuou no projeto Ensaios ignorantes: o comum e o gesto ensaístico entre cena e público, contemplado pelo Fomento ao Teatro. Atualmente, dedica-se à pesquisa com arquivos históricos referentes às práticas culturais brasileiras e também realiza incursões pela linguagem cinematográfica como professor e roteirista.
MARINA TENÓRIO
Coreógrafa, dançarina, diretora, atriz e tradutora de origem russo-brasileira. Em 2015 criou, junto com a artista plástica Néle Azevedo a instalação/performance Presenças Líquidas, apresentada em Araçatuba, SP; passou a colaborar com Ensaios Ignorantes. Em junho de 2014, a convite do regente Vladimir Jurowski, dirigiu atores, dançarinos e manipuladores de bonecos na encenação do balé As Criaturas de Prometeu de Beethoven na Filarmônica de Moscou. Ministra cursos para atores a partir da técnica de análise pela ação desenvolvida pela escola russa. Traduziu o livro A Palavra na Arte do Ator de Maria Knébel, a sair em breve pela Editora 34, e O Duelo de Anton Tchekhov (Ed. 34). Em 2013, numa colaboração com o compositor Anton Safronov, realizou a coreografia Lava Entropia no Konzerthaus em Berlim e ganhou o prêmio Rumos Itaú Dança para desenvolver o projeto Não-Visíveis-Paisagens. Colaborou com o grupo "Teatro de Narradores" em Cidade Fim, Cidade Coro, Cidade Reverso apresentado na Feira de Frankfurt. Entre 2012 e 2013 colaborou com a coreógrafa Anna Melnikova na criação das duas primeiras partes da trilogia Beugen: Beugen. Körper e Beugen. Raum. Esse trabalho foi selecionado para fazer parte do festival "Berlin Diagonale at Tanz im August" em agosto de 2013. Em 2012 participou com a coreografia Around Four do festival "Cage. A silent Presence" na Filarmônica de Moscou. Em 2011 trabalhou com o diretor russo Anatóli Vassíliev em diversos laboratórios para diretores e pedagogos no Instituto Grotowski (Wroclaw, Polônia), Isola della Pedagogia (Veneza) e ARTA (Paris). Em 2010 concluiu com o solo AND o programa de mestrado em coreografia pela HZT/Ernst Busch em Berlim. Entre 2002 e 2006 morou em Moscou e foi membro do Laboratório de criação do teatro "Escola de Arte Dramática", dirigido por Vassíliev, atuou em diversos espetáculos do teatro e participou de turnês festivais internacionais (Festival da União Teatral Européia, Festival Anton Tchekhov, Festival Europalia, Festival d'Avignon). Paralelamente trabalhava no grupo de dança "Do Tantsa", dirigido pelo coreógrafo e dançarino japonês Min Tanaka, teve duas estadias no Japão, onde participou de workshops ministrados por Min Tanaka e se apresentou no Hakushu Dance Festival.
MIGUEL PRATA
Ator, diretor, professor e pesquisador, cursando Mestrado no Departamento de Artes Cênicas da ECA-USP, onde se formou bacharel em 2011. Em 2006, como estagiário, participou da direção de Antonio Abujamra no espetáculo O Escrivão em São Paulo. Entre 2006 e 2011 atuou no Grupo de Teatro Meio, criando quatro espetáculos apresentados na capital e no interior de SP, nos festivais de Curitiba e Campo Mourão (PR). Em 2008, concluiu e apresentou a pesquisa de iniciação científica, Modos Compositivos e Ações para o Ator-pesquisador. Em 2009, participou, sob a forma de monitoria, das aulas de Encenação de Juliana Jardim na Universidade São Judas Tadeu. Também como ator e pesquisador esteve no Laboratório Corpossom, projeto de pesquisa e criação cênica dirigido e orientado por Antônio Januzelli, premiado pelo ProAC em 2012/13, projeto que teve como ponto de partida a pesquisa de mestrado de Francisco Lauridsen. Em 2012 atuou em A vida é um teatro, de Betty Milan na FLIPORTO (Feira Literária de Pernambuco) em Olinda (PE). Em 2014, no Itaú Cultural dirigiu dois espetáculos de Betty Milan. Como professor, trabalhou no Ensino Médio no Colégio Raposo Tavares, entre 2013 e 2014, atuou na formação e na criação de núcleos de pesquisa em cena no Centro Livre de Artes Cênicas de São Bernardo do Campo entre 2015 e 2016. Foi Artista Orientador em 2014, 2015 e 2017 no Programa Vocacional da Prefeitura de São Paulo, atuando no CEU FORMOSA, Teatro Zanone Ferrite, Teatro Cacilda Becker e no Tendal da Lapa. Desde 2011 integra os Ensaios ignorantes.
SÉRGIO RIZZO
Jornalista e professor, graduado em Comunicação Social - Habilitação: Jornalismo pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), mestre em Artes/Cinema, com uma dissertação sobre a obra de Woody Allen, pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), e doutor em Meios e Processos Audiovisuais, com uma tese sobre a formação de professores para a educação audiovisual, também pela ECA-USP. É diretor de projetos do Laboratório de Mídia e Educação (MEL - Media Education Lab), produtor associado da produtora Parece Cinema, apresentador do canal de TV Arte 1, colunista das revistas "Educação" e "Escola Pública", e colaborador dos jornais "O Globo", "Valor Econômico" e "Folha de S. Paulo". Dá aulas na pós-graduação da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), na Academia Internacional de Cinema, no Colégio Augusto Laranja, no Museu da Imagem e do Som, no Espaço Itaú de Cinema e em unidades do Sesc-SP. É membro do comitê de seleção do É Tudo Verdade - Festival Internacional de Documentários. Autor dos livros "Cinema e Educação - 200 Filmes sobre a Escola e a Vida" (Editora Segmento), "Família e Educação - Quatro Olhares" (Editora Papirus) e "Vitória - Ayrton Senna" (Melhoramentos), além de diversas participações em coletâneas -- como "Cinema e Psicanálise" (nVersos), "Os Filmes que Sonhamos" (Lume) e "Futebol, Comunicação e Cultura" (Unesp/Intercom) -- e em catálogos de mostras e retrospectivas dedicadas a cineastas como Ingmar Bergman, Woody Allen, Stanley Kubrick, Quentin Tarantino e irmãos Dardenne. Anteriormente, foi editor de guias e anuários ("Almanaque Abril", "Guia do Estudante") da Editora Abril, editor de guias de cinema e vídeo da Editora Nova Cultural (antiga Abril Cultural), editor de livros da Editora Brasiliense, subeditor de Internacional do "Diário Comércio & Indústria", editor-chefe da Abril Jovem, editor da revista "Educação", editor dos catálogos do Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo e do É Tudo Verdade - Festival Internacional de Documentários, e editor dos cadernos "Cine-Educação" (Cinemateca Brasileira/Via Gutenberg), entre outras atividades no mercado editorial. Foi também professor na Universidade Metodista de São Paulo, na Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero (onde exerceu também as funções de coordenador dos cursos de Jornalismo e de Rádio e TV), na Universidade de Mogi das Cruzes e na Universidade Presbiteriana Mackenzie.
TIEZA TISSI
Atriz, professora, tradutora e pesquisadora em Teatro Russo e Mestre em Literatura e Cultura Russa pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Professora de Interpretação e Teoria Teatral no curso profissionalizante para o ator do Teatro Escola Macunaíma. Licenciada pela Faculdade de Educação da USP. Foi editora dos Cadernos de Cinema e Cultura Russa - Kinoruss. Como atriz, integrou a Cia NUA nos espetáculos Sete contra Tebas (2004; dir. Inês Aranha) e Oceano mar (2006; dir. Inês Aranha). Participou do Núcleo Experimental do SESI, para aperfeiçoamento artístico e profissional com a montagem B - Encontros com Caio Fernando Abreu (2006; dir. Francisco Medeiros). Como atriz convidada, participou das montagens de Tchekhov4 (2010), com a Mundana Cia, sob direção do russo Adolf Shapiro e Os vivos e os mortos (2012; dir. Francisco Gomes). No cinema, com o filme Páginas de Menina (dir. Mônica Palazzo), ganhou os prêmios de Melhor Atriz no Festival II - for Rainbow de Fortaleza (2008) e no Festival Art Decó de São Paulo (2008). Entre 2012 e 2018 participou dos cursos de formação de professores-pedagogos em interpretação teatral com os russos Serguei Zentsov e Andrei Malaev-Babel. Desde 2014 é ensaísta no núcleo Ensaios Ignorantes. Atualmente é doutoranda em Teatro Russo na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP com pesquisa em encenação e texto.
VINICIUS GARCIA PIRES
Bacharel em Artes Cênicas, habilitação de Interpretação Teatral, pela Escola de Comunicações e Artes e graduando em Letras, pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, da Universidade de São Paulo. Integrou a 5a Turma do Núcleo de Dramaturgia do Sesi-British Council, coordenado por Marici Salomão. Estagiou no projeto Ademar Guerra junto à Cia. Atlântida da cidade de Taquaritinga e a Cia. Atos e Atitudes da cidade de Birigui. Em 2013, seu texto Cena Aberta foi selecionado pelo III Concurso de Jovens Dramaturgos do Sesc – Escola do Rio de Janeiro. Em 2014, seu texto E Eles Eram Eles Mesmos?, resultado de seu trabalho no Núcleo de Dramaturgia Sesi-British Council, foi encenado pelo Núcleo Experimental de Artes Cênicas do Sesi, sob a direção de Francisco Medeiros. Passa a colaborar com os Ensaios ignorantes a partir de 2015. Participou também do workshop Introdução à Dramaturgia, ministrado pela dramaturga britânica Suzanne Bell, da oficina Fenomenologia da Dramaturgia, ministrada pelo diretor e dramaturgo mexicano Alberto Villarreal, do workshop Criação de Composições, ministrado pela diretora Cristiane Zuan Esteves, do workshop Construções narrativas contemporâneas, ministrado pelo diretor e dramaturgo Márcio Abreu e do workshop Fora do Personagem, ministrado pelo dramaturgo escocês Davey Anderson.
MARILENA PIMENTEL
Produção Executiva
Administradora financeira durante 40 anos, trabalhou em diversas empresas privadas nacionais e multinacionais. Deixou a última empresa Olimpus Indl. e Comercial Ltda., onde permaneceu por 18 anos, sendo os últimos 6 como Diretora Administrativa e Financeira. Passou a prestar consultoria nessas áreas e, no final de 2013, participou da organização do acervo da Cia de Teatro Balagan, na qual desempenhou a função de administração e finanças, organizando e controlando os pagamentos de cachê, fornecedores e confeccionando as planilhas de prestação de contas do grupo durante o Fomento ao Teatro junto à Cooperativa Paulista de Teatro. Em 2015, foi convidada para a produção executiva do projeto Ensaios ignorantes: NADA - Pensar o diálogo e o comum em gestos ensaísticos públicos, contemplado pelo ProAC/2014 Artes Integradas. Também neste período participou como atriz do filme O Rosto da Mulher Endividada do grupo PH2: estado de teatro.